Dooping, achando maconha na urina, saliva, sangue e cabelo! Você até pode esconder de sua mãe o seu hábito de fumar maconha. Mas sua mentira não faria sentido para um químico. Desde 1980, métodos analíticos foram desenvolvidos para a determinação - qualitativa e quantitativa - de cannabinóides em várias matrizes biológicas, como a saliva, o sangue, o cabelo e a urina. No sangue, as substâncias mais abundantes são o THC e THC-COOH. A legislação norte-americana proibe a direção de veículos sob o efeito de drogas. O único exame aceito, até agora, é o de sangue. Neste caso, a análise do sangue é interpretada em função de modelos matemáticos que, de acordo com a relação entre a concentração do THC e de seus metabólitos no plasma, são capazes de estabelecer o momento da exposição do usuário à droga. A determinação de cannabinóides na saliva ainda é um ponto polêmico e controverso. A presença de THC na saliva poderia ser atribuida à contaminação da cavidade oral durante o consumo do baseado. Alguns autores já foram capazes de detectar concentrações baixíssimas de cannabinóides na saliva, mas nenhum trabalho registrou a presença de metabólitos. De qualquer forma, o teste só é positivo se o consumo tiver ocorrido pouco tempo antes do teste. No suor, somente o THC pode ser encontrado e numa concentração muito baixa. Nenhum trabalho conseguiu estabelecer um método eficaz para a utilização desta matriz na detecção de cannabinóides.
Muitos métodos desenvolvidos por químicos analíticos são de uso atual da polícia e perícia técnica, e têm auxiliado na solução de vários crimes e infrações ligadas à marijuana.
|