A Química do Ecstasy

O MDMA (N-Metil-3,4-metilenodioxiamfetamina, comumente conhecido como Ecstasy, X, E, XTC, Adam, entre outros) é uma droga com intensa atividade psicotrópica. Na sua forma pura, é um pó branco cristalino. É usualmente vendida na forma de pó, misturado com excipientes, comprimidas em drágeas ou em cápsulas. O custo médio é de 20 a 30 dólares por cápsula. É ilegal na maioria dos países. Pertence a classe das feniletilaminas, da qual fazem parte as anfetaminas, a adrenalina, a dopamina e a mescalina. Outros derivados sintéticos da anfetamina, como a efedrina, são vendidos livrementes nas farmácias, em descongestionantes nasais, inibidores de apetite, entre outros.

O mecanismo de ação é o mesmo da grande maioria das drogas tipo-anfetamina: é a potencialização dos sistemas nervosos central e periférico, devido ao aumento na produção de acetilcolina. Acetilcolina é um dos neurotransmissores, moléculas que transmitem sinais químicos entre os neurônios. Mas os principais efeitos mentais que o MDMA provoca devem-se a sua interferência no sistema da 5-hidroxitriptamina (serotonina, ou 5-HT). É o mesmo sítio ativado por drogas psicodélicas. Sabe-se que o MDMA aumenta a biodisponibilidade do 5-HT, por dificultar a sua recaptação e estimular a sua liberação pelos neurônios pré-sinápticos. O 5-HT está associado a vários fatores no cérebro, como o sono, sonho, humor, euforia, percepção sensorial, etc.. O MDMA provoca uma liberação massiva de 5-HT e, por isso, apresenta um forte efeito sobre o humor. Após algum tempo, o estoque de 5-HT vai acabando e a biossíntese não atende a demanda. Chega-se ao estado de depressão e esgotamento, que ocorre entre 6 a 8 horas após a ingestão da droga..


A Mescalina também é uma feniletilamina.