Tratamento Nenhuma medicação foi até o momento demonstrada como eficaz no tratamento da dependência à cocaína. Anteriormente outras medicações aparentemente promissoras como a desipramina, carbamazepina , amantadina, fluoxetina , ritanserina e outras foram testadas. Os estudos ou foram inconclusivos ou mostravam claramente a ineficiência dessas medicações. O metilfenidato é eficiente para tratar déficit de atenção com hiperatividade, narcolepsia, algumas desordens alimentares e depressão no idoso. Por enquanto, os trabalhos feitos com o metilfenidato para controlar a dependência à cocaína eram inconclusivos, e seus desenhos de pesquisa fracos. Em vista destas circunstâncias este grupo de pesquisadores resolveu fazer um estudo mais rigoroso quanto à utilidade do metilfenidato nos dependentes de cocaína. Métodos - Foram escolhidos 49 pacientes sem outros diagnósticos psiquiátricos em boas condições médicas. Nenhum tinha história de déficit de atenção com hiperatividade na infância. O tempo da pesquisa durou 11 semanas. 25 pacientes tomaram 45mg de metilfenidato e 24 tomaram placebo. O desenho do trabalho era do tipo randomizado duplo-cego.. Resultado - O uso da cocaína e do placebo verificados em testes de urina se equivaleram nos dois grupos, ou seja, o metilfenidato não impediu a busca pela droga. Conclusão - O principal benefício do trabalho foi dirimir dúvidas quanto a possível utilização de um estimulante para substituir a cocaína. Por outro lado não se verificou, tão pouco, uma potencialização dos efeitos colaterais da cocaína, nem do metilfenidato.
|