Quantidade de consumo de álcool e risco à saúdeUma dose de bebida alcoólica é definida como algo consistindo entre 10 a 12 gramas de etanol, que equivale a uma unidade de álcool puro.A quantidade de unidades de álcool é determinada pela concentração de álcool num volume de uma bebida: Com base nesses valores foram identificados padrões de quantas unidades de álcool um adulto sadio poderia consumir semanalmente (LARANJEIRA, 1997; LARANJEIRA & PINSKY, 1997; SHUCKIT, 1999). Por exemplo, uma dose de aguardente - 50ml - com a concentração de álcool de 50%, conteria 25 gramas de álcool ou 2,5 unidades de álcool. Uma lata de cerveja de 350ml com concentração de 5% de álcool teria o equivalente a 17 gramas de álcool, aproximadamente 1,5 unidades de álcool (LARANJEIRA & PINSKY, 1997). Assim, por esses padrões, que podemos denominar de critérios da quantidade de consumo , é possível determinar as unidades de álcool que um indivíduo vem consumindo. No quadro 1 são apresentadas as bebidas mais consumidas em nosso meio com as respectivas concentrações de álcool, gramas de álcool e unidades de álcool. No quadro 2 os padrões dos riscos à saúde pelo consumo de álcool.
LARANJEIRA & PINSKY, 1997
É importante esclarecer que esses padrões de consumo se referem às unidades de álcool consumidas ao longo de uma semana, portanto, o consumo da quantidade semanal de unidades de álcool em apenas um dia implicaria mais danos à saúde do que quantidades um pouco maior, mas divididas durante a semana (LARANJEIRA & PINSKY, 1997). O consumo agudo de álcool torna o sujeito mais vulnerável a problemas de saúde, por exemplo intoxicação alcoólica, e propensão a acidentes (Cherpitel, 1993). E o limite permitido por lei é de 0,57 g de álcool por litro de sangue (Formigoni e cols., 1992) (Citados por MARQUES & RIBEIRO, 2002). Nas mulheres, em comparação com os homens, o álcool atinge maiores concentrações no sangue e é absorvido em maiores quantidades devido à proporção de gordura corpóreo maior e de menor quantidade de líquido corporal nas mulheres que nos homens. Desse modo, o álcool causa mais problemas físicos nas mulheres, comparados com homens com o mesmo peso corporal. Tal padrão de consumo refere-se a mulheres não-grávidas, pois na gravidez é recomendável a abstinência total de álcool (LARANJEIRA & PINSKY, 1997).
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